Último blockbuster do ano, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” chega nesta sexta-feira (19) ao Brasil, para a alegria do público infanto-juvenil (veja as salas em cartaz). Cercada de muita expectativa, a estreia representa o começo do fim de uma franquia que se tornou a mais lucrativa da história do cinema, superando até mesmo os seis “Star Wars”.
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Com o desafio de ser o primeiro da série a ultrapassar US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais (leia a coluna de Sérgio Rizzo), o longa tem grandes chances de bater seus antecessores e aumentar um faturamento que já soma US$ 5,4 bilhões. Por ser o penúltimo, com certeza alavancará um interesse maior dos espectadores. Mas também porque esta sétima parte é uma das melhores, mesmo quando se leva em conta as comparações de sempre com os livros de J. K. Rowling.
Em sua terceira empreitada na série, o diretor David Yates finalmente acertou e a trama ganhou mais maturidade que os longas anteriores, “A Ordem da Fênix” e “O Enigma do Príncipe”. Desta vez, Yates não desperdiçou tanto tempo além do necessário com paixonites adolescentes em detrimento de pontos-chave na história, como havia feito anteriormente.
Após a morte do professor Dumbledore (Michael Gambon) no filme anterior, o lado dos bruxos bonzinhos tenta impedir que Harry (Daniel Radcliffe) caia nas mãos do Lorde Voldemort (Ralph Fiennes), que anseia por eliminá-lo. Porém, o adolescente – agora com 17 anos - não quer causar mais baixas em seu nome e decide sair em busca das ‘Horcruxes’ do vilão, fragmentos de sua alma que foram escondidos e que impedem sua morte.
Logicamente, Harry ganha a companhia dos melhores amigos, Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint), em sua caçada. Enquanto isso, Voldemort e seus seguidores começam a dominar o mundo dos bruxos, incluindo a escola Hogwarts, em uma espécie de ditadura que pretende eliminar qualquer ligação com os humanos normais.
Com um roteiro ágil, sobra pouco espaço em “As Relíquias da Morte” para momentos de enrolação, com exceção de uma passagem entre Harry e Hermione na floresta. A tal versão 3D, que não ficou pronta a tempo, não fez grande falta - os efeitos especiais estão primorosos. O longa ainda conta com um clima de revival da série, trazendo vários personagens dos filmes anteriores, como o elfo Dobby e Fleur Delacour (Clémence Poésy), estudante francesa que aparece em “O Cálice de Fogo”.
Aliás, um dos grandes destaques da franquia de Harry Potter é o elenco repleto de estrelas do cinema britânico, que já contou com Emma Thompson, Kenneth Branagh e Gary Oldman. Em “As Relíquias da Morte”, além de Ralph Fiennes, volta Helena Bonham Carter como a tresloucada Bellatrix e Alan Rickman como o professor Snape. Rhys Ifans (de “Um Lugar Chamado Notting Hill) faz sua estreia na série como Xenophilius Lovegood.
Mas a principal tarefa desta “Parte 1” é preparar o espectador para a última parte da história, que estreia em 15 de julho de 2011. Depois disso, é o fim da linha para o bruxinho adolescente. E Hollywood vai ter que procurar outra fonte literária para faturar em cima.
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